quarta-feira, agosto 31, 2011

As pessoas quando perdem peso também perdem a honestidade?




Quando o caso Weiner ainda está bem presente na memória dos americanos, surge nos "tabloids" uma nova história com algumas semelhanças.

O senador de Porto Rico pelo New Progressive Party (de orientação republicana), Roberto Arango, é a mais recente vítima da exposição pública dos seus desejos mais recônditos. Nos últimos dias, mesmo antes de renunciar ao cargo, Arango, acabou por admitir que era mesmo ele que aparecia nas fotos que constam de um perfil de um site de “engate gay”.

Pode-se relembrar que ele votou a favor da “Resolution 99” (que bloqueava qualquer tentativa de legalizar o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, em Porto Rico), mas isso é insuficiente para definir a sua personalidade, é certo. Tal como o facto de ele ter sido vice-presidente da campanha, no seu estado, em 2004, que conduziu à reeleição de Bush (e Cheeney)...

Só com base no seu currículo podemos tirar conclusões precipitadas, mas a sua mais recente (e, diria, hilariante?) declaração deixa poucas margens para dúvidas...

"You know I've been losing weight. As I shed that weight, I've been taking pictures. I don't remember taking this particular picture but I'm not gonna say I didn't take it. I'd tell you if I remembered taking the picture but I don't."

domingo, agosto 28, 2011

Gabriel



(A melhor "costela" dos Hot Chip fez um hit de verão!)

quinta-feira, agosto 25, 2011

De facto, o que dizer de uma empresa que acha que os seus acionistas são tanto ou mais sensíveis à “arte fálica” do que aos seus resultados líquidos?

A Companhia de Seguros Tranquilidade proibiu à última hora uma exposição no seu Espaço de Arte quando descobriu que ela tinha temática homossexual. Fez bem, sou cliente da Tranquilidade e sinto-me mais tranquilo. Antes não me sentia pois, ao preencher a papelada, verifiquei com estranheza e preocupação que a Tranquilidade não me perguntava se eu não seria, por acaso, gay. Ora tanto eu, segurado, como a pessoa segura poderíamos bem ser "bichas" e isso afrontaria aquilo que a Tranquilidade chama de "valores da empresa", secção vida íntima alheia.

A decisão de proibição (ou "cancelamento", que é palavra menos feia) da exposição "P-town", resultado de uma residência dos artistas João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira na cidade norte-americana de Provincetown, esclareceu finalmente as minhas dúvidas sobre a masculinidade dos "valores" da Tranquilidade. (Diga-se "en passant" que o Acordo Ortográfico perdeu uma boa oportunidade para pôr os pontos nos ii e mudar o género da palavra "masculinidade", já que o facto de ser do género feminino pode gerar equívocos em espíritos fracos).

É bom saber que, na "coutada do macho ibérico", há uma empresa que se mantém fiel aos viris valores ancestrais e tem a coragem de, como nos saudosos anos 40 na Alemanha e na URSS, "cancelar" a "arte degenerada".

Porque não se dedicam os artistas a pintar pores-do-sol e retratos dos 'stakeholders' do Grupo Espírito Santo?

quarta-feira, agosto 24, 2011

Loca loca voy me a gritar

CSS - La Liberación from Manuel Paredes on Vimeo.



Grita grita mami /Mami mami mami grita / La la la liberación / Te te te liberes!
(in "La Liberación", a melhor faixa do novo disco dos Cansei de Ser Sexy)

One squeeze stand


quarta-feira, agosto 17, 2011

Verão bucólico (versão 2011)

Na minha mais recente viagem à zona centro/interior do país, uma vez mais, fui à descoberta de algumas praias fluviais.

Tal como no litoral, também por aqui se pode encontrar locais muito mais concorridos que outros. Se bem que por estes lados, parece-me mais difícil arranjar uma justificação para esse fenómeno. A integração dos equipamentos básicos de suporte: bar, parque de merendas, casa de primeiros socorros e casas de banho, não é de todo uma razão. Já que algumas “praias” localizadas nas margens do rio Zêzere - Zaboeira (Vila de Rei) e Alqueidão (Tomar), são meros exemplos - não possuem quaisquer desses elementos e estavam à beira da lotação esgotada – as piscinas flutuantes de Zaboeira e de Fernandaires (Vila de Rei) onde já não haviam 5 cms livres para se manter de pé, quanto mais estender uma toalha, que “o digam”. Por outro lado, as praias fluviais do Troviscal (Sertã), do Pego das Cancelas (Vila de Rei), de Taberna Seca (Castelo Branco) e da Ribeira da Venda (Gavião), têm todos esses equipamentos (e mais alguns) e estavam às moscas – em alguns casos, literalmente.

A qualidade da água também não me parece que seja condicionante, pois se há locais onde o relatório anual da Administração da Região Hidrográfica do Tejo I.P. (ARHT) está afixado junto à praia e aparece na classificação um estranho... “Sem Classificação” (exemplo, Bostelim – Vila de Rei), há outras onde não consegui sequer encontrar essa informação e não deixavam de ser das mais frequentadas.

Para que conste, a bela praia de Pego das Cancelas, obteve a classificação de “Excelente” no último resumo (de 2010, para 2011) da ARHT e eu posso comprovar a nota, pois passei uma escaldante tarde a banhar-me por aquelas águas e sobrevivi para contar. Até diria que o preço que se paga por este local estar praticamente abandonado (o bar, a casa de primeiros socorros, as casas de banho e os balneários estão encerrados) é mínimo, comparado com o prazer que se pode retirar dele.

Destaco por aqui alguns desses locais por onde passei, alguns em vias de ficar esquecidos e, como expliquei no parágrafo anterior, digo isso da forma mais despreocupada possível.

Ortiga (Mação; bem equipada, até demais: o potente equipamento de som ouve-se num raio de vários quilómetros, portanto, não se iludem com a foto, pois é tudo menos sinónimo de sossego)


Ribeira da Venda (Gavião; funciona a piscina e pouco mais; curiosidade: o respectivo parque de merendas foi inaugurado em 2000, pelo Ministro do Ambiente da altura, o ex-Primeiro Ministro Eng. José Sócrates)


Taberna Seca (arredores de Castelo Branco; foi a primeira “praia fantasma” que visitei nesta viagem, recomenda-se muita coragem para entrar nas casas de banho - daí as moscas - que parece ser o único equipamento a funcionar – e mal)


Janeiro de Cima (Serra da Gardunha; tudo no sítio, muito recomendável e muito concorrida)


Açude Pinto (Oleiros; tem parque de campismo mesmo ao lado e tem boas instalações)



Troviscal (Ribeira da Sertã, o xisto e a natureza envolvente dominam a paisagem deste pequeno paraíso fluvial, com todo o equipamento essencial disponível)








Pego das Cancelas (junto à fronteira dos concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação, representada pela “Ponte dos Três Concelhos”, classificado como Imóvel de Interesse Público; como disse, natureza pura e dura e nem damos por falta das instalações anexas que estavam fechadas)





Bostelim (entre Vila de Rei e a Sertã; local ideal para descansar, mais do que propriamente para ir a banhos, pois é composto por um espaço de campismo gratuito com instalações próprias)


Malhadal (Proença-a-Nova, na Ribeira do Isna; regresso a uma das primeiras praias visitadas há dois anos, com algumas melhorias no espaço envolvente que merecem ser realçadas)



Zaboeira (Vila de Rei; como desfrutar do Zêzere sem equipamentos e com uma piscina flutuante que agrada a toda a criançada e, pelos vistos, não só)




Penedo Furado (Vila de Rei, na Ribeira de Codes; tudo o que temos direito e mais uma boa vista lá do alto do Penedo)




Alqueidão (arredores de Tomar, a caminho da Serra; outra praia das margens do Zêzere, sem piscina mas com demasiadas pessoas para o espaço disponível)


Um problema de escassez de transportes públicos ou, simplesmente, de mentalidade?


:devil:


quinta-feira, agosto 11, 2011

These riots? No Good (Start The Dance)

"Music for the Jilted Generation", o segundo disco dos The Prodigy, foi lançado, supostamente, como uma resposta à criminalização da cultura rave (Public Order Act 1994), que já gastava os últimos cartuchos por essa altura. Dezassete anos depois, qualquer semelhança disto com os "protestos" actuais é mera coincidência.

Mesmo que, outra influente banda inglesa, os Massive Attack, até digam verdades em parte do seu “statement” no facebook.

(… It's mad, sad and scary when we have to take to the streets to defend our homes and businesses from angry thieving kids, but where are the police and what justice is ever done when the mob is dressed in pin stripe.)

Mas perde-se sempre a razão quando se justifica o crime com outro crime, não?

Portanto, que fique claro: esta não é a banda sonora desses bandos de gunas oportunistas disfarçados de revolucionários!

No Good (Start The Dance) from Madrugada Eterna on Vimeo.

quarta-feira, agosto 10, 2011

E uma surpreendente batida de inverno para refrescar o dia?



Os I Break Horses conseguiram tirar proveito do melhor que a "escola do shoegaze" lhes ensinou e converte-lo em belas melodias indie-pop.
O disco de estreia deste duo sueco, "Hearts", sai já para a semana, pela independente Bella Union.

segunda-feira, agosto 01, 2011